Brasil amanhece com sinais mistos: inflação desacelera, juros seguem altos e dólar dá trégua
O dia 28 de outubro de 2025 abre com um cenário econômico que mistura alívio temporário e cautela. Primeiro, o IPCA-15 — a prévia da inflação oficial — veio mais baixo que o mês anterior, sugerindo alívio sobre preços no curto prazo. Porém, a taxa Selic permanece em patamar elevado, o que continua a pesar sobre crédito e consumo. IBGE+1
O que saiu: números e decisões que você precisa saber
IPCA-15 (prévia de outubro): a inflação prévia registrada em 24 de outubro mostrou alta de 0,18%, bem abaixo dos 0,48% de setembro. Isso indica uma desaceleração no ritmo de alta dos preços, puxada, sobretudo, por movimentos no setor de combustíveis e transporte. IBGE
Selic: mesmo com sinais de inflação arrefecendo, o Comitê de Política Monetária (Copom) mantém a Selic elevada — 15,00% ao ano — e sinaliza a necessidade de manter juros altos até que a inflação esteja firmemente sob controle. Em outras palavras, a política monetária segue cautelosa. Reuters+1
Dólar: o real operou com leve valorização nesta terça, levando o USD/BRL para próximo de R$5,36 — um movimento que reduz pressões inflacionárias vindas do câmbio, embora volatilidade global ainda possa mudar esse quadro. Trading Economics+1
Investimento direto: o Banco Central reportou entradas de investimento direto superiores às expectativas recentemente, o que tem ajudado a segurar o real e a trazer liquidez ao país. Isso é um ponto positivo para as contas externas e para a confiança do mercado. CPG Click Petróleo e Gás
Por que isso importa para você (resumido e direto)
1. Seu rendimento e poupança.
Juros altos beneficiam quem tem renda fixa — especialmente títulos atrelados à Selic —, pois rendimentos reais ficam mais atraentes. No entanto, esse mesmo cenário encarece crédito e dificulta o financiamento de carro e imóvel. Reuters
2. Preço dos combustíveis e inflação no supermercado.
Embora a prévia da inflação tenha desacelerado, a volatilidade nos combustíveis pode voltar a empurrar os preços para cima, afetando transporte e cesta básica. Portanto, fique atento às próximas leituras do IPCA. IBGE+1
3. Investimentos em ações e câmbio.
A combinação de entrada de investimento estrangeiro e juros elevados tende a sustentar o real no curto prazo, portanto pode reduzir ganhos rápidos de quem aposta em câmbio. Ainda assim, para investidores em renda variável, setores ligados ao consumo sofrem com juros altos. CPG Click Petróleo e Gás+1
Análise rápida: cenários possíveis nas próximas semanas
Cenário A — Desaceleração confirmada (mais provável se IPCA seguir caindo):
Se as próximas prévias e o IPCA oficial mantiverem a tendência de desaceleração, o Copom pode manter a Selic por mais tempo antes de estudar cortes só no início de 2026 — isto é, juros altos por mais alguns meses. IBGE+1
Cenário B — Pressões voltam (combustíveis e câmbio):
Se combustíveis subirem novamente ou o dólar disparar por choques externos, a inflação pode reaquecer — e, nesse caso, o banco central teria espaço limitado para afrouxar a política. Portanto, volatilidade externa é um risco real. EPE+1
O que fazer com seu dinheiro agora (passo a passo prático)
1. Revisar reserva de emergência: mantenha entre 6–12 meses de despesas em aplicações conservadoras atreladas à Selic ou inflação. Assim, você protege o poder de compra.
2. Aproveitar oportunidades em renda fixa: com Selic em 15%, títulos pós-fixados e CDBs com boa remuneração valem a pena para parte da carteira.
3. Diversificar com cautela em renda variável: prefira setores resilientes (energia, infraestrutura) e evite alavancagem enquanto juros seguem altos.
4. Proteção cambial para quem importa ou viaja: se tiver gastos em dólar no horizonte próximo, considere comprar parcela do câmbio aos poucos (dólar cost averaging) para reduzir risco de ponta. Reuters+1
Mensagem final (curta e impactante)
Resumindo: hoje há um fôlego na inflação — refletido no IPCA-15 — e, ao mesmo tempo, a economia segue sob juros elevados. Portanto, o melhor caminho é cautela: preserve, aproveite a renda fixa competitiva e, sobretudo, não se arrisque com crédito caro. IBGE+1
Fontes principais consultadas
IBGE (IPCA-15); Banco Central / Copom; Reuters; TradingEconomics / Investing / Wise; reportagens sobre investimento direto. CPG Click Petróleo e Gás+3IBGE+3Reuters+3
Conclusão & CTA:
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