O Rio de Janeiro vive um dos períodos mais tensos dos últimos anos. A disputa entre milícias e facções criminosas por territórios, somada às operações constantes da polícia, transformou comunidades inteiras em áreas de conflito permanente. A pergunta que surge é direta: quem está ganhando essa guerra agora?
A resposta muda rápido — e é exatamente por isso que o assunto voltou ao centro do debate nacional.
Como a Guerra se Reorganizou nos Últimos Meses
Nos últimos anos, as milícias expandiram seu controle em áreas urbanas e periféricas, especialmente na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.
No entanto, operações coordenadas pela Polícia Militar e pela Polícia Civil têm disputado terreno nesses mesmos locais.
Ou seja, o mapa do crime no Rio está se redesenhando diariamente.
Apesar disso, a lógica continua a mesma:
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Território significa poder
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Poder significa controle econômico
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Controle econômico alimenta crescimento das organizações
E isso impacta diretamente o dia a dia da população.
Quais áreas estão no centro da disputa agora
Dados de segurança apontam que regiões com maior instabilidade territorial incluem:
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Jacarepaguá
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Campo Grande
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Santa Cruz
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Nova Iguaçu
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Duque de Caxias
Fontes públicas:
https://www.isp.rj.gov.br (Instituto de Segurança Pública RJ)
Esses locais são estratégicos porque concentram:
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Linhas de transporte
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Conexões com rodovias
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População numerosa
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Comércio local ativo
Quem controla o bairro controla o fluxo econômico.
Papel das Milícias no Cenário Atual
As milícias, diferentemente de facções voltadas ao tráfico direto, atuam como empresas clandestinas, explorando:
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Transporte alternativo
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Gás, internet e TV irregular
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Taxas de “segurança”
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Venda e ocupação de imóveis
Isso cria dependência econômica nas comunidades.
Quanto mais serviços controlam, maior o território sob domínio.
E a Polícia? Como tem atuado?
Nos últimos meses, a polícia tem intensificado:
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Mandados de busca e apreensão
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Operações aéreas e terrestres
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Retomada de pontos controlados pelas milícias
Mas existe um ponto importante:
A polícia controla a área durante a operação.
Depois que sai, o território frequentemente retorna à disputa.
Ou seja, entrar é fácil. Permanecer é o desafio.
E quem está avançando agora?
De acordo com análises recentes de órgãos de segurança:
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Milícias mantêm influência consolidada na Zona Oeste
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Facções ainda dominam regiões do Norte e do Complexo da Maré
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Áreas de fronteira entre milícia e facções são as mais explosivas
A guerra não tem vencedor estável.
O que está acontecendo é revezamento de controle territorial — e isso cria insegurança permanente.
Como isso afeta o morador comum
Porque viver em área sob disputa significa:
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Aumento de violência armada
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Rotina interrompida
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Comércios fechando mais cedo
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Transporte restrito
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Escolaridade afetada
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Serviços básicos interrompidos
A guerra não é abstrata. Ela está na porta de casa.
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